Os impactos das chuvas que alastraram o Rio Grande do Sul (RS) são muitos e alguns números dão a dimensão dos estragos: 2,3 milhões de pessoas afetadas, 172 mortes nas atualizações mais recentes e cerca de 76 mil desabrigados nos dias de temporais mais fortes. Para os sobreviventes, há ainda os prejuízos materiais. Segundo estimativas da Bright Consulting, consultoria especializada no setor automotivo, os gaúchos perderam cerca de 200 mil carros na tragédia do estado.
Com o nível da água mais baixo, as imagens do amontoado de carros chocam e diversas dúvidas surgem, desde como retirar os carros das águas até se os veículos podem ser resgatados de alguma forma. É neste cenário que a multinacional americana Copart (C1PR34) chegou ao Rio Grande do Sul para resgatar os carros segurados que estão no meio das enchentes.
Com mais de 40 anos no mercado, a companhia presta serviço ao mercado securitário e acumula experiências positivas em catástrofes. Em 2005, atuou no furacão Katrina recuperando 60 mil veículos (20% dos 300 mil carros afetados). Já em 2017, esteve no furacão Harvey, e recuperou 85 mil veículos.
Adiel Avelar, CEO da Copart no Brasil, em entrevista à EXAME Invest explicou como é este processo de resgate dos carros. “Nós trazemos esse veículo de onde estiver, seja na casa dos segurados, nos rios, nos diques ou nas garagens que foram inundadas. A partir disso, vamos, o que chamamos de processar esse veículo, ou seja, a parte operacional. Avaliamos, classificamos, higienizamos e recuperamos esse carro. Dependendo da classificação, vendemos o veículo reparado em leilões para entrar em reuso novamente, para o aproveitamento das peças em outros veículos ou para a reciclagem de alguns materiais.”